11 de nov. de 2009

Escuro


Ontem td se apagou!
Ficou escuro de repente
Devagar...
Foi apagando
A rua sob
o céu,
escuro
O quarto,
apagado!
Eu,
ali!
Ali coloquei pensamentos em ordem
e em desordem também.
Ali deitei e esperei clarear
assim como o pensar,
quando se busca soluções,
quando se quer respostas
Esperei
Não havia muito o que podia ser feito... e em situações assim normalmente hoje fico sozinha...
Lembro de quando era criança, corriamos todos pra sala
Eu corria pra aquele colo, pra ouvir histórias até durmir
Ontem
Reparei que alguns andavam pelas ruas
Devem gostar de escuro...
Eu me divido entre gostar e não gostar
Escuro traz vazio...
No escuro de ontem não se podia ler, nem ouvir músicas, nem escrever
Até o celular cansou e se colocou sem bateria...
Céu sem Lua...
Nem essa rara amiga pra iluminar alguma coisa...
Eu deitada prestei atenção no som que ficou qdo todos se calaram
Quando as velas se apagaram....
Quando os carros pararam de passar
e a motos com aqueles barulhos insuportáveis tbm se calaram
Quando a casa for durmir, e eu esperava clarear...
Ouvi uma cigarra
Ela parecia cantar em cima da minha cama
Não sei onde ela estava
Talvez no terreno baldio em frente de casa...
Talvez no telhado...
Eu nunca vi uma cigarra...
Minha Nonna sempre dizia: cigarra canta hj, céu chora amanhã...
E é assim,
ainda nao choveu...
Mas a garoa cai de leve...
Choro aos poucos?