25 de fev. de 2011

De lá por diante

De repente
O intenso se doou ao acaso
Sem meio ou inteiro
Daqueles que vão por vir
Ou foi com o decorrer do tempo?
- Não sei, não me lembro


Entregou-se aos poucos após resistir
à tudo que podia

- Mas deixe-me explicar
Naquela manhã, quando o meu chão tremeu,
A mão daqui não teve a sua para segurar
De lá por diante
Partiu-se novamente o que era um
em dois

Mais do mesmo, menos de si
Regressões e exageros
O progresso? Eu não vi

Se é certo? Injusto?
Não julgo, não condeno
Mas pondero, receio
Do preço?
Do valor?
Obrigada, estou sabendo...
Se é amor?
Se é só apreço?
Hoje não há conceitos para avaliar essa situação
Desculpe,
devo ter deixado cair em algum lugar...
Ou está num bolso de alguma calça jeans velha e desbotada
Pode ser que encontre amanhã, mas hoje não

Se é forte?
O suficiente para ainda existir...

Valorize
Pelo menos enquanto estiver por aqui

Me ensinaram que 'partir'
é uma vez só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário